Se eu pudesse escrevia um livro!
Há 11 anos
Mais um selito para a colecção! Este veio directamente do T3 para 5
Quem me mandou a mim, escrever, no post anterior, que há pessoas com coragem referindo-me aos meus seguidores? Sim, quem mandou? Ninguém!
Hoje o meu blogue faz um ano… O que começou como uma maneira de provocar pessoas amigas que, diariamente, embirravam com as minhas frases do MSN, passou, rapidamente, a ser um espaço demasiado privado e pessoal. Uma mudança não controlada, inconsciente, sem arrependimento porque eu sou aquilo mesmo…
Tal como prometido, aqui vai a resposta ao desafio que me foi lançado pela Maricota
Hoje foi dia de ir dar sangue. Como passou um ano desde a última dádiva, resolvi que hoje era um bom dia para ir até aos HUC.
Sempre ouvi dizer que os gatos têm um sentido apurado, quase um sexto sentido, como se soubessem o que sentimos… Hoje veio cá o K. buscar algumas das coisas que ainda cá estavam em casa, após 1 ano e meio da sua saída. Quando ele entrou, os gatos esconderam-se, não voltaram a aparecer até ele ir embora. Já tinham feito isso outras vezes, mas acabavam por ir ter com
ele, dar uma turra ou pedir festas. Hoje não. A gata, quando ouviu a porta fechar, espreitou, confirmou que ele não estava e pulou, como sempre, para o seu posto de vigia, o sofá. Não se interessaram por ele, evitaram mesmo qualquer contacto. Como se sentissem o mesmo que eu, um sentimento de “agora já é tarde”, agora não apetecem as conversas… Ainda, assim, acredito que um dia possamos ser amigos (talvez os gatos sintam o mesmo).
O meu horóscopo, hoje, falava em paciência, saber esperar pelo momento certo. No final do dia, posso dizer que sim, que de facto a paciência ou a ausência dela esteve sempre presente.
Alguém me explica como é que para marcar uma simples consulta num centro de saúde são necessárias 11 chamadas telefónicas? A primeira (a ser atendida, entenda-se!), depois de ouvir um sonoro HÃÃ?!?! (bela maneira de atender telefones, maravilha!) deu-me direito a quase cinco minutos de espera e, ao contrário de outros sítios onde nos colocam musiquinhas para passar o tempo, estive a ouvir a conversa das senhoras funcionárias. Sim, fiquei muito mais bem disposta por saber que uma delas tinha furado o pneu, a roda de trás e que a certa altura, foram todas espreitar o dito furo. Depois voltaram com risinhos e comentários inteligentes que eu continuava a ouvir. Infelizmente, elas não estavam a ouvir o rol de palavrões que eu resmungava entre dentes deste lado da linha.
Normalmente, não digo não a um desafio desde que veja nele uma boa razão, desde que acredite, mesmo que mais tarde não seja bem aquilo que estava à espera. De alguma maneira vou à luta quando é preciso, estou lá ou tento encarar tudo da melhor maneira possível. Raramente dou as coisas como garantidas e quando dou, é certo que me arrependo. Mas há coisas que não dependem de nós e não estamos à espera que o tapete seja puxado de novo. Quando se cai, dói! Ninguém é de ferro. Mas como diz uma pessoa muito próxima: “ o que não mata, engorda”. E apesar de não ser fácil (porque a vida não é fácil!) espero pacientemente os próximos episódios, sentadita e sem pensar muito... :)

